segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Nada alem de Rosas


O jardim acolheu o sujeito cansadoColocou-o num canteiro de rosasCantou belas cantigas sobre amorFalou-lhe sobre paixãoCitou a liberdade e explicou os ideiaisDeixou cair folhas de árvores velhasE deu exemplo da desobediênciaMostrando um tronco seco, caído perto do riacho,Disse que é preciso aprender, e só.
O sujeito se levantou, olhou o jardim e chorouDerramou as lágrimas do saber e do discernimentoLivrou-se de seus direitos e vontadesOlhou para o horizonte e viu seu novo destinoAtravessou o riacho e deixou o jardim, para conhecer a vida.
Pena que a vida não sabe falarSe não teria dito que o jardim é traiçoeiroTeria aberto os olhos do sujeito para uma nova realidadeRevelaria que a vida não é um canteiro de rosasQue aprender sem ponderar leva à ilusãoE que a liberdade deve ser vivida e não citada.
Pena que a vida não sabe falarO sujeito deverá difenciar jardins de pantânos.

1 comentário:

  1. Olá! Obrigada pela visita.

    Muitas coisas pelas quais passamos na vida, são ilusões. Ás vezes nos apegamos com tanto afinco a essa ilusão, que acreditamos que ela virou realidade...

    Se, a cada vez que passamos por uma situação, parássemos para pensar, saberíamos distinguir a realidade. O problema é a vida, que nos compele a viver plenamente, rapidamente, sem olhar mais detalhadamente.

    Enfim, sábias palavras, que me fizeram reletir o que eu quero, e para onde vou...

    Bjs e já estou te seguindo!

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